Burnout

Burnout, bore out e brown out

Burnout, bore out e brown out: para cada sintoma de cansaço uma síndrome específica.

O que fazer para evitá-las?

A síndrome de Burnout, também chamada de Síndrome do Esgotamento profissional, é bem conhecida no mercado de trabalho e do empreendedorismo e já está presente no vocabulário corporativo por uns bons anos.

Tanto que, desde 2019, ela faz parte da classificação internacional de doenças da OMS. O que poucas pessoas sabem é que hoje existem também as síndromes de bore out e brown out e por isso é importante ficar atento aos sinais.

Burn Out

A primeira delas a ser descoberta, a síndrome de burn out vem do inglês e significa esgotamento. Entre os sintomas mais comuns estão distúrbios do sono, irritabilidade, apatia na maioria das situações, dificuldade de concentração e isolamento (esse último, nos estágios iniciais, onde o indivíduo evita o contato com outras pessoas).

São sintomas comuns e quase que inerentes a profissionais que trabalham em constante pressão e cobrança. Se não cuidada, a síndrome pode acarretar outras doenças como a depressão, problemas cardíacos e hormonais.

Bore out

Já a síndrome de bore out tem razões opostas às de burn out. Enquanto na síndrome de burnout o indivíduo se sente super estimulado, no bore out existe ausência de estímulos profissionais. É uma síndrome relacionada com estar em sua zona de conforto sempre e isso te faz perder o interesse pelo ofício.

Em sua maioria, é uma síndrome que acomete pessoas com funções repetitivas e pouco desafiadoras no trabalho, causando insatisfação, perda de autoestima e fatiga.

Brown out

Perder totalmente a motivação ou não ver sentido no trabalho realizado são os principais sintomas da síndrome de Brown Out. O indivíduo que não consegue perceber o impacto que o seu trabalho causa na sociedade e que se sente inútil pode estar sofrendo dessa síndrome. É a perda completa de interesse por atividades que antes traziam realização e satisfação.

Pandemia do COVID-19

Se antes não se falava muito nos termos acima ou se eles eram tratados somente como um cansaço maior, com a pandemia os sintomas ficaram mais claros e o número de casos aumentou consideravelmente no Brasil e no mundo.

Isso se dá pela falta de perspectiva causada pela longa duração da pandemia e do isolamento e, também, pela mudança no ambiente. Se antes, a maioria dos trabalhadores e empreendedores mudavam de ambiente para trabalhar e tinham contato com diferentes pessoas, hoje tudo está mais monótono e a separação entre descanso e trabalho é praticamente inexistente.

Além disso, com mudanças tão significativas na vida de todo mundo, muitas pessoas passaram a questionar seus propósitos, seus porquês e começaram a desejar outras coisas, colocando tudo em perspectiva. Isso gerou insatisfação, esgotamento, indecisão e sensação de estar preso.

Apesar de não ter muito o que ser feito em relação à situação sanitária global que vivemos, é preciso estar atento aos sintomas para evitar que eles virem algo pior e mais difícil de ser tratado.

O que fazer?

Sabemos e torcemos para que a pandemia seja passageira, mas os impactos causados não serão apagados e por isso todos devem se cuidar e encontrar caminhos para lidar com as adversidades impostas.

Dar mais atenção à saúde mental, se preocupar com a saúde do corpo e ir em busca de atividades prazerosas, mesmo que em casa, podem ajudar a suavizar as dificuldades.

E, se tudo isso não for o suficiente, não tenha medo das mudanças. Para muitos, a pandemia foi a cereja do bolo para ir em busca de uma transição de carreiras ou mudanças em outros aspectos da vida.

Independente de ser burnout ou qual for o seu caso, procure ajuda quando necessário e não ignore os sintomas por menores que eles pareçam.

Leia também: Como a pandemia transformou as lideranças

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