Geração Z, Geração Y, Geração X

Conflitos de gerações: quando inevitáveis, como usá-los para beneficiar o ambiente de trabalho?

Uma discussão que vai e volta nas rodas de amigos, reuniões de trabalho e discussões familiares são aquelas relacionadas às diferenças entre as gerações. A frase clichê “no meu tempo era diferente” pode ser encaixada em diversas situações e sempre surge quando o assunto é o comportamento e os hábitos dos mais jovens em comparação aos mais velhos.

Mas, o que isso tem a ver com o ambiente corporativos ou com as relações de trabalho? Com as mudanças constantes no mundo e a expectativa de vida das pessoas ser cada vez mais alta, é muito comum, atualmente, empresas com profissionais de 3 ou até 4 gerações trabalhando em um mesmo ambiente e compartilhando projetos.

Considerando que as tecnologias que hoje são usadas não mudaram somente o que fazemos, mas também como fazemos, vez ou outra, encontra-se resistência ou falta de engajamento quando não há domínio ou familiaridade com determinada ferramenta ou metodologia de trabalho.

Millenials X Gen Z: o embate do futuro

O debate veio à tona depois de um thread, criado pela produtora de conteúdo Carol Rocha (@tchulim) viralizar no twitter, sobre o que a geração Z não gosta nos Millenials e vice-versa. Apesar do tweet não passar de uma brincadeira, gerou uma série de discussões sobre características profissionais, ambições e a possibilidade das gerações do futuro não se adequarem aos modelos de trabalho propostos hoje.

Em uma pesquisa desenvolvida pela Deloitte, dados apontam para uma geração desanimada e sem aspirações profissionais, ao mesmo tempo em que são mais engajados em causas sociais. Enquanto 26% dos millenials afirmaram ter participado de protestos e movimentos políticos 33% afirmaram o mesmo e além disso, iniciaram campanhas e movimentos online. Como toda essa participação social será traduzida para o mercado de trabalho, só o tempo dirá.

Motivação e Propósito

Essas são duas palavras sempre citadas para falar do que move um profissional em seu trabalho. Qual é o combustível que o mantém focado e ávido por mudanças, em busca do seu melhor?

  • Na geração dos Baby Boomers (nascidos entre 1945 e 1964), a resposta para essa pergunta era uma só: dinheiro. Por terem nascido em uma época de muitas mudanças e incertezas, as pessoas desse grupo querem estabilidade financeira e tem aversão às mudanças.

  • A geração X compõe hoje a maior fatia de força de trabalho no mundo, são as pessoas entre 38 e 55 anos. Esse grupo valoriza o crescimento e a ascensão profissional, ou seja, respeitam a hierarquia e almejam mudar de cargo em uma mesma corporação.

  • Os millenials, também chamados de geração Y, (nascidos entre 1980 e 1995 (atualmente com 25 a 40 anos) foram os últimos a vivenciarem uma infância analógica e são movidos por muito mais que dinheiro. Eles estão em busca de satisfação profissionais e realização pessoal. Para ele a linha entre trabalho e lazer é mais tênue do que para as gerações anteriores.

  • O grupo mais novo a integrar a lista são os jovens da geração Z. Estes, que nasceram a partir de 1995, não tiveram que se adaptar às rápidas mudanças tecnológicas pois viveram toda a vida escolar e o início da vida profissional na era digital. É uma geração considerada carente de habilidades socioemocionais e ainda não é possível mapear que tipo de profissionais eles são, pois, uma pequena parte deles está no mercado de trabalho.

Gestão estratégica

Algumas diferenças apontadas entre as gerações não são tão óbvias em alguns casos e existem também pessoas que possuem características profissionais que não se encaixam às que são de sua própria geração.
Um bom gestor deve procurar identificar o que cada membro da equipe tem de melhor para oferecer e saber usar as diferenças ao seu favor. É preciso um incentivo de cima para baixo para que os profissionais busquem trabalhar suas soft skills, responsáveis pela forma que cada um constrói suas relações no dia a dia. Exemplo, um profissional resistente às mudanças deve ser desafiado a trabalhar esta habilidade e, em contrapartida, ele ganha liberdade e espaço para exercer atividades e desenvolver projetos com os quais se identifica mais.
Não é à toa que adaptabilidade está no topo da lista de características essenciais em bons profissionais. No futuro, este embate entre o velho e o novo vai continuar existindo, com a diferença de que o velho está ficando mais velho mais rápido e o novo é novo por pouco tempo. O melhor a fazer é embarcar nesse trem de mudanças ao invés de ser atropelado por ele.

Autor

  • Impact Hub

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