Nos últimos anos, é possível testemunhar o surgimento de um novo tipo de negócio, as chamadas “Empresas Zebra”. Em contraste com as empresas “unicórnios”, que buscam crescer rapidamente e atingir avaliações astronômicas, as Zebras têm uma abordagem diferente. Elas são caracterizadas por um foco não apenas no crescimento e lucro, mas também na sustentabilidade, equidade e impacto social.
O conceito de “Empresa Zebra” foi criado por Jennifer Brandel, Mara Zepeda, Aniyia Williams e Astrid Scholz, fundadoras do grupo de pesquisa e advocacia Zebras Unite. Essas quatro mulheres se uniram, a princípio, para fortalecer a comunidade de investidores e empreendedores interessados em criar negócios que equilibrassem lucro e propósito.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Zepeda disse que as “startups zebra são fundamentadas em princípios da economia solidária, priorizando empreendimentos participativos e democráticos”, além de “repensar a estrutura corporativa para que ela também possa servir ao ganho social em vez de puramente aos lucros financeiros”.
O conceito foi criado em torno do comportamento desses animais. No caso, as Zebras estão sempre juntas procurando escapar dos predadores. A união de suas listras acabam confundindo o predador. Voltando esse conceito para o mundo corporativo, as empresas zebras buscam construir estruturas colaborativas, que unam várias entidades no mesmo propósito, tornando-as fortes e resilientes.
DESAFIOS DAS ZEBRAS
No entanto, apesar de sua abordagem inovadora e valores éticos, as empresas Zebra enfrentam uma série de desafios. Um dos principais é a competição desigual com as empresas unicórnios, que têm muitas vezes acesso a recursos financeiros abundantes e dominam o mercado com suas estratégias agressivas de crescimento. As Zebras, por outro lado, podem enfrentar dificuldades para obter financiamento e ganhar visibilidade em um cenário dominado pelos unicórnios.
Outro desafio significativo para as Empresas Zebra é a educação e conscientização do público sobre sua abordagem de negócios. Muitos consumidores estão acostumados com o modelo tradicional de crescimento a qualquer custo e podem não estar familiarizados com o conceito de empresas que priorizam o impacto social e ambiental. Isso pode dificultar para as Zebras conquistarem a confiança, a lealdade e a visibilidade dos consumidores em um mercado saturado.
Apesar desses desafios, o movimento das Empresas Zebra está ganhando impulso à medida que mais empreendedores e investidores reconhecem a importância de uma abordagem mais consciente para os negócios. Com o apoio adequado e uma mudança na mentalidade do mercado, as Empresas Zebra podem prosperar oferecendo um modelo de negócio mais sustentável e equitativo para o futuro.
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FONTES:
Grão Inteligente
Revista Pegn – Globo
Meio e Mensagem
